5.02.2012

A pseudo-misantropia ecléctica é uma coisa que me aborrece, como o fascismo imposto pelos pontos finais em frases criadas dentro da anarquia mansa das vírgulas, aborrece-me e desgosta-me a coolness associada à pseudo-reclusão apoiada pela internet sempre ligada e a não-resistência ao papel de animal social, mas a sempre defesa da misantropia, não da pseudo-misantropia porque isso seria assumir que a fachada que se criou estala como craquelé dourado em cima de gesso barato, não acredito em misantropia propositada, acredito em rejeição e no cool que é parecer-se rejeitado e fazer de conta que se rejeita, a incongruência com o passado faz-me acreditar ainda menos em misantropia e muito mais em estados de falácia do super-ego,  acredito em bonecos baratos de gesso que fazem com que o meu amor tenha pés de barro

(porque quem precisa de entidades reguladoras e/ou protectoras é porque não sabe auto-regular-se, porque os verdadeiros bons corações não têm medo de magoar com sinceridade, porque a sinceridade não me aleija, é a incongruência que me parte, e partiu)