10.07.2012

"It's a boy and his name is DIS" - I said. And only later I realized I gave birth to the Underworld and Dis himself. Yes, I feel like RosemaryWoodhouse (and the pregnancy was also difficult)


Viktor Hertz
A estupidez não se desvanece em meia dúzia de meses. Podem fazer-se teses de doutoramento e projectos e mudanças, mas a estupidez não desaparece. O talento inato para pegar em pequenos erros e fazer deles erros gigantes não desaparece. Foi o que andei a fazer nos últimos meses, entre acabar uma tese, um projecto novo, uma mudança de território, e as viagens habituais, arranjei tempo para me esquecer que as gaivotas estavam mortas. As gaivotas-zombies reapareceram e foi preciso matá-las definitivamente (os festivais de verão fizeram isso - e não, eu não fui a nenhum; mas usei outros eventos de verão para a cremação das gaivotas). Não gosto de ser linear, mas foi o que fiz e esta ligação era obrigatória. Já não devia falar mais das gaivotas, foram um erro tremendo e arrependo-me de tê-las deixado entrar (por vezes esqueço-me que foram elas que forçaram a entrada só para depois forçarem a saída). Saí desta história com vontade de tatuar o R e o H em cada um dos pulsos, só para facilitar as decisões de pessoas com uma personalidade encomendada pela internet e que pareço atrair repetidamente. Provavelmente, a culpa será minha, não fosse continuar rodeada de alguma genuinidade e acreditava mesmo nisso. Mas, a estupidez não se desvanece em meia dúzia de meses. Continua a ser verdade, mas o efeito dos testes repetidos (e podia usar referências bibliográficas) é mais forte. Por isso, por fim, aprendi; se houve transferência ou não, mais adiante se verá. Isto para dizer que, um funeral e um parto depois, estou de volta à escrita nonsense e ao egocentrismo virtual e barato. Agora tenho fôlego e tempo para dedicar à não-ciência e ao não-extremamente-aborrecido-lamento-pessoal. (mas em letrinhas pequeninas, porque estes meses foram apenas uma nota de rodapé).