12.11.2011

Acho que hoje mataste a última gaivota.
E já não doeu.
Estava moribunda há muito,
tentava agarrar-se à vida que não era dela,
respirava nas entrelinhas,
enterrando-se mais e mais no estômago que a alimentava. (de há algum tempo)

(as coisas mudam, alteram-se, a história repete-se, hiperbolicamente, mas, de facto, as gaivotas já morreram, já não fazem sentido; é mais ou menos como um artigo que é rejeitado e revisto tantas vezes que, na última revisão já não é o que tinha sido criado por nós, o que tinha sido sentido, e já não acreditamos mais na sua aceitação, porém, a rejeição já certa deixou de fazer doer, porque o artigo já não somos nós)