11.01.2011

Seattle

Tinha esperança que chegar aqui me fizesse ver mais nitidamente do que nos últimos tempos, e fez...
Toda a desesperança e todo o desamor moram agora no espaço anterior e interior que deveria ter ficado vazio, como já estava havia dez anos. A insignificância certa e que é, finalmente, percebida, deixa-me escrever o que quiser. Nada está diferente aqui, onde algumas palavras aparecem, é a sua origem que se alterou. Negra e azul, Seattle é suja, sozinha, implacável no seu betão, fria.  E é assim, igual, o onde se fazem as palavras.
Desisto, a chuva vem sempre cedo demais e o Pacífico tem um azul diferente do meu.